segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Texto Regis - texto 1 - texto 2



A imigração no Brasil deixou fortes marcas na demografia, cultura e economia do país.Em linhas gerais, considera-se que as pessoas que entraram no Brasil até 1822, ano da independência, foram colonizadores. A partir de então, as que entraram na nação independente foram imigrantes.


Imigração Alemã


  Antes de 1870, dificilmente o número de imigrantes excedia a duas ou três mil pessoas por ano. A imigração cresceu primeiro pressionada pelo fim do tráfico internacional de escravos para o Brasil, depois pela expansão da economia, principalmente no período das grandes plantações de café no estado de São Paulo.

Contando de 1872 (ano do primeiro censo) até o ano 2000, chegaram cerca de 6 milhões de imigrantes ao Brasil.Desse modo, os movimentos imigratórios no Brasil podem ser divididos em seis etapas:
  • Ocupação inicial feita por povos nômades de origem asiática que povoaram o Continente Americano entre 10 e 12 mil anos, conhecidos como índios;

  • Colonização, entre 1500 e 1822, feita praticamente só por portugueses e escravos provenientes da África sub-saariana ;

  • Imigração de povoamento no Sul do Brasil, iniciada, em 1824, por imigrantes alemães e que continuou, depois de 1875, com imigrantes italianos;

  • Imigração como fonte de mão-de-obra para as fazendas de café na região de São Paulo, entre o final do século XIX e início do século XX, com um largo predomínio de italianos, portugueses, espanhóis e japoneses;

  • Imigração para os centros urbanos em crescimento com italianos, portugueses, espanhóis, japoneses e sírio-libaneses, além de várias outras nacionalidades;

  • Imigração mais recente, reduzida e de pouco impacto demográfico, iniciada na década de 1970.



Fonte: Wikipedia





Texto 1

Migrar corresponde à mobilidade espacial da população, ou seja, é o ato de trocar de país, estado, região, ou até mesmo de domicílio. A migração internacional consiste na mudança de moradia com destino a outro país. Tal ocorrência vem sendo promovida ao longo de muitos anos, a exemplo disso cita-se a migração forçada de africanos no intento de realizarem trabalhos escravos em outros continentes. A partir daí, esses fluxos migratórios internacionais têm se intensificado cada vez mais nas últimas décadas.

O processo de migração internacional pode ser desencadeado por diversos fatores: em consequência de desastres ambientais, guerras, perseguições políticas, étnicas ou culturais, causas relacionadas a estudos em busca de trabalho e melhores condições de vida, entre outros. O principal motivo para esses fluxos migratórios internacionais é o econômico, no qual as pessoas deixam seu país de origem visando à obtenção de emprego e melhores perspectivas de vida em outras nações.

Conforme relatório de desenvolvimento humano de 2009, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), aproximadamente 195 milhões de pessoas moram fora de seus países de origem, o equivalente a 3% da população mundial, sendo que cerca de 60% desses imigrantes residem em países ricos e industrializados. No entanto, em decorrência da estagnação econômica oriunda de alguns países desenvolvidos, estima-se que em 2010, 60% das migrações ocorram entre países em desenvolvimento.

Os principais destinos da migração internacional são os países industrializados, entre eles estão: Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e as nações da União Europeia. Os Estados Unidos possuem o maior número de imigrantes internacionais – dos 195 milhões, 39 milhões residem naquele país.

A migração internacional promove uma série de problemas socioeconômicos. Em face das medidas tomadas pela maioria dos países desenvolvidos no intento de restringir a entrada de imigrantes, o tráfico destes tem se intensificado bastante. No entanto, esses mesmos países adotam ações seletivas, permitindo a entrada de profissionais qualificados e provocando a “fuga de cérebros” dos países em desenvolvimento, ou seja,
pessoas com aptidões técnicas e dotadas de conhecimentos são bem-vindas.

Outra consequência é o fortalecimento da discriminação atribuída aos imigrantes internacionais, processo denominado “xenofobia”.


Fonte: http://www.mundoeducacao.com/geografia/migracao-internacional.htm


Texto 2 

O mundo tem hoje 232 milhões de migrantes internacionais (3,2% da população) e 59% deles vivem em regiões desenvolvidas, estima relatório da ONU lançado nesta quarta-feira (11). Nunca tantas pessoas moraram fora de seus países e a Ásia lidera o crescimento de migrantes internacionais. Foram 20 milhões entre 2000 e 2013, o que indica que o continente deve ultrapassar a Europa neste quesito num futuro próximo.

De acordo com o documento elaborado pelo Departamento da ONU de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA), mais de dois terços do crescimento de migrantes no continente ocorreu na Ásia Ocidental, passando de 19 para mais de 33 milhões, por causa da demanda por trabalhadores contratados nos países produtores de petróleo. O Sudeste asiático, que inclui economias em rápido crescimento como Cingapura, Malásia e Tailândia, também testemunhou um aumento acentuado no número de migrantes entre 2000 e 2013.

De 2000 a 2009, o número de migrantes globais aumentou cerca de 4,6 milhões por ano, mais que o dobro do aumento anual durante a década anterior, 2 milhões. Durante a primeira década do século 21, a Ásia registrou o maior aumento (1,7 milhão por ano), seguido pela Europa (1,3 milhão por ano) e América do Norte (1,1 milhão por ano). A Ásia também experimentou o maior aumento como região de origem: o número mundial de migrantes provenientes desse continente aumentou em 2,4 milhões por ano, seguido por América Latina e Caribe (1 milhão), África (0,6 milhão) e Europa (0,5 milhão).

De 2010 a 2013, o aumento no número de migrantes internacionais desacelerou para cerca de 3,6 milhões por ano. Durante esse período, a Europa ganhou o maior número (1,1 milhão por ano), seguido pela Ásia (1 milhão) e América do Norte (0,6 milhão). Na África, o número de migrantes registou um acréscimo anual de 0,5 milhão apesar de uma queda acentuada no número de refugiados.

Desde 2000, o número de refugiados em todo o mundo tem-se mantido relativamente estável, em cerca de 15,7 milhões. O percentual dos refugiados acolhidos por países em desenvolvimento, no entanto, aumentou de 80% há dez anos para mais de 87% em 2012.

O conflito na Síria deu origem a cerca de 1,5 milhão de refugiados registrados em julho de 2013. Segundo o estudo, a presença contínua de uma longa situação de refúgio é um lembrete de que a travessia das fronteiras internacionais não é opcional, mas sim a única alternativa viável para milhões de pessoas.

A crise econômica e financeira teve um forte impacto sobre o fluxo de cidadãos dos países mais afetados. De 2007 a 2011, a saída de pessoas da Grécia e da Espanha para outros países europeus e para países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico mais do que dobrou, enquanto o número de cidadãos que deixam a Irlanda aumentou 80%.

O relatório também aborda os impactos dos migrantes nos países de destino e origem. Nos primeiros, o estudo afirma que os migrantes não provocam muitos impactos nos salários e empregos da população local. No entanto, podem reduzir os salários e oportunidades de emprego para trabalhadores locais pouco qualificados ou imigrantes que chegaram antes, também com menos qualificação.

O estudo chama atenção para a contribuição dos imigrantes como empresários, começando novos negócios, e nos campos de inovação e empreendedorismo, especialmente nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

O relatório observa a maior vinda de migrantes altamente qualificados, como professores, estudantes universitários, doutores e empresários. Este aumento tem consequências negativas para os países de origem, afetando a prestação de serviços básicos e recursos fiscais, além de reduzir o crescimento econômico em alguns contextos.

Pequenos países em desenvolvimento, com um número relativamente pequeno de profissionais, são particularmente afetados pela emigração de trabalhadores.

Entre as recomendações do documento estão a necessidade de ressaltar as contribuições dos migrantes e afirmação e proteção de seus direitos; a inclusão do tema nas estratégias de desenvolvimento nacional e na agenda de desenvolvimento pós-2015; além do fortalecimento do diálogo, da cooperação e coerência em todos os níveis.

A Assembleia Geral da ONU vai realizar, nos dias 3 e 4 de outubro, o Diálogo de Alto Nível sobre a Migração Internacional e Desenvolvimento em Nova York, Estados Unidos


Fonte: http://www.onu.org.br/mundo-tem-232-milhoes-de-migrantes-internacionais-calcula-onu/